quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Cinco substâncias tóxicas encontradas naturalmente em frutas e verduras

Da BBC Mundo

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Não há dúvidas de que frutas e verduras são parte fundamental de uma dieta saudável e balanceada.
Mas entre as frutas e verduras também se encontram, naturalmente, algumas substâncias potencialmente ruins.
Um exemplo é a banana: elas têm potássio, um elemento crucial para o bom funcionamento do organismo. Mas, o consumo demasiado de potássio pode ter efeitos como palpitação irregular do coração, dor de estômago, náusea e diarreia.
Outras frutas e verduras têm toxinas que, em quantidades substanciais, podem causar efeitos adversos.
"As razões de (essas frutas e verduras) terem toxinas nem sempre são conhecidas. Às vezes é (culpa de) um pesticida natural para evitar o ataque de insetos. Ou uma forma de a planta se proteger de danos causados pelo clima, a luz do sul ou micróbios", explicou o setor de recomendações ao consumidor do governo da Nova Zelândia.

Sem preocupações

Os especialistas afirmam que, apesar destes fatos, não há motivos para preocupações.
"É a dose que faz o veneno", disse o cientista Ed Blonz, em um artigo publicado no site da organização American Cancer Society.
Na maioria dos casos, só haveria danos no caso do consumo de uma enorme quantidade de frutas ou verduras.
Mesmo assim, as autoridades de saúde em vários países recomendam precaução com os alimentos que têm as seguintes substâncias tóxicas:

1. Glicosídeos cianogênicos

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Muitas pessoas que gostam de suculentas ameixas confessam chupar e morder a semente da fruta até que ela se quebre, revelando uma polpa amarga, com sabor amendoado.
Esse é o sabor dos glicosídeos cianogênicos, precursores do cianeto de hidrogênio que é potencialmente letal quando é processado pelo corpo humano.
Podem ser encontrado nas sementes de maçãs e no interior carnoso das sementes de ameixas, pêssegos, cerejas, entre outros.
Os sintomas de uma intoxicação por esta substância incluem confusão, vertigem, dor de cabeça e vômito.
Em casos extremos, pode haver dificuldades respiratórias, falência renal e, em caso de não haver tratamento, até a morte.
Mas, para correr este risco, a pessoa teria que mascar e comer todas as sementes de entre 19 e 24 maçãs de uma só vez.
A organização oficial canadense Canadian Food Inspection Agency recomenda que as pessoas que "usam sementes amargas de pêssego para temperar não comam mais de três por dia, moídas e misturadas com outras frutas".

2. Glicoalcaloides (solanina)

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A batata assada, frita ou em forma de purê é um grande acompanhamento para qualquer prato.
É um dos alimentos mais populares do mundo e fundamental na dieta de muitas famílias de países ocidentais.
Mas a batata tem glicoalcaloides - especificamente, a solanina. É uma toxina natural que atua como pesticida ou fungicida; uma defesa contra animais, insetos e fungos que possam atacá-las.
Os glicoalcaloides também estão presentes em berinjelas e tomates, apesar de em menor concentração.
A solanina é muito venenosa em grandes doses. Pode causar desde sintomas gastrointestinais até alucinações, paralisia e até a morte.
Mas as quantidades em porções consumidas com os alimentos são inofensivas. Uma pessoa teria que consumir quase 70 tubérculos grandes de uma só vez para ficar envenenada.
No entanto, é preciso tomar mais cuidado quando são notados certos sinais.
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Image captionSe a batata está verde abaixo da casca, recomenda-se que não seja consumida
"As batatas que tenham adquirido uma cor esverdeada, que estejam brotando, que tenham sido danificadas fisicamente ou que estejam apodrecendo podem conter algos níveis de glicoalcaloides e a maioria das toxinas estão presentes na zona verde, na casca ou logo abaixo da casca", afirmou o Centro para Segurança Alimentar de Hong Kong.
"Para evitar a solanina, as batatas devem ser mantidas em um lugar fresco e escuro", recomenda Blonz.
Os especialistas advertem que a substância não desaparece com o cozimento do alimento.
3. Lectinas
Para as pessoas que não consomem proteína animal, feijões e outras leguminosas são uma grande alternativa para complementar uma dieta saudável.
Os feijões, lentilhas, grãos-de-bico, ervilhas, amendoins, soja e seus derivados proporcionam uma boa quantidade de proteína, são ricos em fibra e produzem uma sensação de satisfação.
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Além disso são fonte constante de glicose, que dá energia, têm alto conteúdo de ferro, ácido fólico e quantidades apreciáveis de magnésio, manganês e antioxidantes.
Porém, elas também têm lectinas, que não são processadas pelo sistema digestivo humano.
Como não podemos digeri-las, frequentemente produzimos anticorpos contra elas, com respostas variadas.
Algumas pessoas desenvolvem intolerância a estas leguminosas e têm uma sensação de inchaço e dor no estômago quando as consomem.
As lectinas estão envolvidas na síndrome do intestino irritável, que se manifesta com obstipação, vômito, diarreia e inchaço.
Também podem causar artrite, esclerose múltipla, úlceras pépticas, alergias e diabetes tipo 2.
Entretanto, para muitos dos afetados o problema não vai muito além de uma indigestão.
Para os que gostam de um bom prato de feijão, "(a lectina) pode ser destruída ao deixar-se o feijão de molho e cozinhar em altas temperaturas", informou o Centro para Segurança Alimentar de Hong Kong.

4. Nitratos

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Sempre se recomenda comer verduras e hortaliças frescas, pois são ricas em nutrientes que podem ajudar a prevenir o câncer e as doenças cardiovasculares.
Essas verduras também têm nitratos, que vêm da água utilizada na irrigação e dos fertilizantes usados no cultivo.
Entre as que têm alto nível de nitrato estão a alface, beterraba, cenoura, espinafre, salsa, repolho, rabanetes, aipo e couve.
Segundo estudos recentes, esses nitratos beneficiam a saúde: atuam controlando a produção de glóbulos vermelhos o que, com o tempo, evita a formação de coágulos que podem gerar riscos graves, como o de derrame cerebral.
Mas altos níveis de nitratos podem ser tóxicos e são particularmente perigosos durante a infância.

5. Cumarina

É uma sensação fantástica entrar logo de manhã no café ou padaria preferidos do bairro e sentir o cheiro de bolos saindo do forno, em especial os polvilhados com canela.
A canela é uma das especiarias mais importantes do mundo para condimentar alimentos e bebidas, mas tem variedades distintas: a canela do Ceilão, cultivada no Sri Lanka, Madagascar e nas ilhas Seicheles, é conhecida como "canela verdadeira" e é muito cara.
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Por isso, na maioria das comidas e bebidas com canela vendidas na Europa Ocidental e Estados Unidos é usada a variedade mais barata, produzida na China e Indonésia.
Ambas têm a cumarina, um agente que está vinculado a danos ao fígado em um número limitado de pessoas.
O problema é que a canela do Ceilão tem pouca cumarina, em comparação com a canela mais barata.
Um estudo feito na Alemanha em 2010 descobriu que o pó da canela da China tinha até 63 vezes mais cumarina do que o pó de canela do Ceilão.
Segundo especialistas em saúde, os consumidores não conseguem diferenciar entre o pó das duas canelas.
Mas, em lascas, a diferença é visível. As lascas da canela mais barata consistem de uma capa grossa enrolada. As lascas da canela do Ceilão são capas finas.
Por isso, vale a pena prestar atenção nesses detalhes da próxima vez que for até a parte de especiarias do supermercado.
FONTE BBC BRASIL

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Por que tomamos leite?

Por que tomamos leite?

Na despensa moderna, o leite ocupa um lugar curioso.





Ele está bem ali ao lado do pão como um dos alimentos mais básicos e importantes do Ocidente. Nos Estados Unidos, durante as ameaças de furacões e tempestades avassaladoras, os supermercados esgotam seus estoques de pão e leite (e papel higiênico).
Mas a popularização do leite é um fenômeno relativamente recente.
Na Europa e nos Estados Unidos do século 19, eram fundamentalmente as crianças que se alimentavam regularmente do leite de vaca.
O leite fresco puro ficava cada vez mais perigoso para o consumo quanto mais se afastava da fazenda onde foi produzido – servindo como terreno fértil para bactérias ou ainda sendo adulterado com giz e água por vendedores inescrupulosos.
'Antídoto' à vida urbana
Sua ascensão como alimento perfeito é algo que a historiadora Deborah Valenze, da Universidade Columbia e autora do livro Milk: A Local and Global History ("Leite: Uma história local e global", em tradução literal), acredita se dever a vários fatores isolados que coincidiram no fim do século 19 e início do século 20.
Como a mortalidade infantil nas cidades crescia, ganharam importância as técnicas e padrões de qualidade para tornar o leite mais seguro, como a pasteurização.
Na mesma época, havia um interesse cada vez maior na cura pela alimentação, uma corrente que defendia dar às pessoas doentes apenas comidas simples e puras.
Foi uma ideia compartilhada por John Harvey Kellogg, o inventor do cereal matinal de flocos de milho e médico-chefe de um famoso sanatório holístico no Estado de Michigan, nos Estados Unidos.
"Naquela época, já se pregava uma alimentação e hábitos saudáveis", afirma Valenze.
Segundo a historiadora, na lógica da época, a vida moderna era algo complicado e corrompido, mas o leite, consumido por todos os seres humanos no início da vida, era simples, mundano e natural (ajudado pelo fato de ser branco, a cor da pureza).
Para completar, era um alimento com gorduras, carboidratos e proteínas, os três componentes de que o organismo necessita.
'Supercomida' da era industrial





Cada país teve suas próprias variações da história: na Alemanha da virada do século 20, o advento de homens adultos bebendo leite estava ligado aos movimentos sociais contrários ao consumo de álcool, assim como à busca por uma alimentação mais básica, segundo a historiadora Barbara Orland, da Universidade da Basileia, na Suíça.
Em uma tentativa de mudar a cultura do consumo de cerveja e destilados, especialmente entre operários, foi feita uma pressão para que se servisse leite nas fábricas.
Nas primeiras décadas do século passado, conforme cientistas aprofundaram seus conhecimentos sobre nutrição, o leite passou a ser considerado como alimento perfeito. Seu papel como uma fonte das recém-descobertas vitaminas e a ideia de que ele de alguma maneira poderia corrigir as deficiências de qualquer dieta o fizeram decolar.
Elmer McCollum, bioquímico e nutricionista, escreveu um influente livro em 1918, chamado The Newer Knowledge of Nutrition ("O mais novo conhecimento sobre nutrição", em tradução literal), no qual descreveu o leite como "nosso alimento mais importante".
Isso agradou à indústria de laticínios, porque os fazendeiros estavam produzindo muito mais do que conseguiam vender.
Até então, muito leite era usado no preparo de doces ou leite em pó infantil e até na fabricação de plástico – segundo Valenze, na Segunda Guerra Mundial, o plástico feito de leite era usado em aviões.
Propriedades questionadas
Mas fazer as pessoas beberem leite era uma prioridade para os fazendeiros.
O ambiente perfeito surgiu por volta de 1920, quando agricultores, cientistas e governos se uniram com a mensagem sobre a perfeição nutricional do leite.
Hoje, há menos consenso. O excesso de gordura no leite integral, principalmente, gera certa desconfiança. Grandes estudos tampouco conseguiram encontrar uma relação entre o consumo de leite e menos casos de fraturas ósseas, um de seus supostos benefícios.
Sabe-se atualmente que é possível seguir uma dieta saudável e equilibrada sem leite. Mas ainda achamos que se trata de um alimento fundamental.
Entender como o leite se tornou o queridinho de hoje nos faz pensar em perguntas interessantes.
Será que poderíamos estar tomando outra coisa toda manhã? Uma vitamina de trigo, talvez? Ou suco de tomate?
E o leite se beneficiou de um tratamento cultural específico, uma história que se desenvolveu a partir de suas qualidades químicas e sociais e que o levou a níveis de adoração que talvez não merecesse.
Há algum alimento hoje que esteja recebendo o mesmo tratamento que o leite?
"As pessoas estão sempre procurando um produto mágico", afirma Valenze.
Hoje, as "supercomidas" e suas justificativas científicas estão por toda parte. Será interessante saber se a popularidade de algum desses alimentos vai durar.
FONTE Méritos dessa Publicação BBC

Por que só consumimos 0,06% das plantas comestíveis do planeta?

Por que só consumimos 0,06% das plantas comestíveis do planeta?


As feiras livres e quitandas de muitas cidades, não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina, são uma explosão de cores e sabores.
Formas estranhas e cheiros desconhecidos contribuem para uma variedade espantosa de verduras, frutas e legumes.
Mas, por mais variadas que possam parecer estas espécies e por mais próximas – uma ida ao supermercado do bairro basta para comprá-las – estes produtos representam apenas uma fração mínima das espécies que podemos comer.
Não é uma falha dos supermercados e feiras.
O fato é que das 400 mil espécies de plantas que existem no mundo, cerca de 300 mil são comestíveis. E, destas 300 mil, consumimos apenas cerca de 200.
E, a maioria das proteínas que consumimos e têm origem nas plantas vem de três cultivos: milho, arroz e trigo.

Tédio na vida sexual

Mas, se as opções são tantas, por que a humanidade se alimenta de apenas 0,06% das plantas comestíveis?
"Até agora, a explicação sugeria que fazemos isto para evitar o consumo de plantas tóxicas", disse à BBC Mundo John Warrer, professor de botânica na Universidade de Aberystwyth, na Grã-Bretanha, e autor do livro A Natureza dos Cultivos.

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Para Warren, o argumento não tem fundamento.
"Muitas das plantas que comemos são originalmente tóxicas, mas, com o passar do tempo, nós e outros animais encontramos formas de lidar com estes componentes tóxicos."
O botânico se refere aos processos de domesticação que foram eliminando as substâncias venenosas nas plantas e também aos procedimentos como cozimento, que tornam uma planta digerível.
"Na verdade, fazemos isto pois escolhemos deliberadamente comer plantas que têm uma vida sexual muito tediosa", afirmou.
A vida sexual previsível, segundo Warren, é o que garante o sucesso de uma planta como cultivo em larga escala.
E previsível, neste caso, significa uma planta que se reproduz por um mecanismo de polinização muito generalizado, que pode ser o vento ou os serviços de insetos como as abelhas.

Os dez mais

As orquídeas são exemplos mais óbvios na hora de explicar a razão de uma planta com vida sexual complexa não ser boa para ser domesticada.
"Elas são as pervertidas do mundo das plantas. Têm flores e hábitos sexuais estranhos", diz Warren.
Existem cerca de 20 mil espécies de orquídeas, e muitas poderiam ser boas como alimentos. Mas, cultivamos apenas uma para o consumo: a orquídea da baunilha, cuja polinização, feita manualmente, é viável somente devido ao seu alto valor de mercado.
A razão pela qual não cultivamos mais orquídeas, segundo o professor, é "que elas têm uma vida sexual esquisita".
Para se reproduzir, estas orquídeas devem ser polinizadas por uma espécie específica de inseto e, tanto este quanto a orquídea, dependem do outro para sobreviver.
Reuters
Se as orquídeas forem cultivadas longe do habitat deste inseto, não produzirão sementes e fracassarão como cultivo.
Por isso, segundo Warren, acabamos com apenas "dez cultivos mais importantes do planeta (milho, trigo, arroz, batatas, mandioca, soja, batata-doce, sorgo, inhame e banana), que, em sua maioria, se polinizam com a ajuda do vento, sem necessidade de insetos".

Abelhas

Se as plantas mais importantes para nossa dieta não dependem de insetos, outra pergunta que surge é: qual a razão de tanta preocupação com a queda global nas populações de abelhas, um dos principais agentes polinizadores?
Na opinião de Warren, "o problema foi exagerado".
"É importante, mas as abelhas não participam dos cultivos que nos dão calorias. Nenhum dos dez mencionados antes será afetado pela morte das abelhas."
"Mas, se as abelhas morrem, as frutas serão afetadas - as maçãs, peras, morangos, por exemplo - e isto prejudicará a nossa ingestão de vitaminas, a qualidade de vida e piorará nossa saúde. Mas, não vamos morrer de fome", acrescentou Warren.
O botânico acredita que é importante aumentar o número de espécies que cultivamos, e dá mais ênfase àquelas que exigem menos recursos.
"Nossa tendência é domesticar plantas muito nutritivas, mas que necessitam de muitos fertilizantes. Deveríamos cultivar novas plantas com sistemas nutritivos inferiores, porém mais sustentáveis no futuro", afirmou.
E, ainda de acordo com Warren, diferentemente de nossos ancestrais, entendemos as dificuldades de cultivar plantas de vida sexual complexa e podemos superar estes obstáculos.
FONTE Méritos dessa Publicação BBC Brasil

Gengibre pode ajudar doentes de câncer a enfrentar náuseas da quimioterapia

Gengibre pode ajudar doentes de câncer a enfrentar náuseas da quimioterapia

Uma colher de chá reduziu os efeitos negativos do tratamento de tumor.

Ânsia e vômitos podem acometer até 70% das pessoas nessa condição.
Pesquisadores descobriram que uma colher de chá de gengibre pode diminuir a náusea associada ao tratamento de quimioterapia. A náusea e os vômitos estão entre os mais comuns e altamente desagradáveis efeitos indesejados no tratamento dos tumores malignos. Cerca de 70% dos pacientes podem vir a sentir esses problemas.
Os resultados da pesquisa foram apresentados em uma coletiva de imprensa que serviu de prévia para o Congresso da Sociedade de Oncologia Clínica daqui há duas semanas em Orlando, na Flórida. Foram estudados mais de 600 pacientes que estavam em tratamento com quimioterápicos e que já haviam apresentado náuseas e vômitos nos primeiros ciclos.
Divididos em grupos, os participantes receberam no próximo ciclo do tratamento uma suplementação de pílulas de gengibre ou placebo, alem dos medicamentos habituais para náusea. As doses de gengibre equivaliam a 1, 1,5 e 0,5 grama de gengibre ralado. Os pacientes começavam a tomar as doses de gengibre 3 dias antes de começarem a quimioterapia e as mantinham até o fim do ciclo.


















Todos as dosagens de gengibre foram eficientes em reduzir a náusea associada ao tratamento. Aqueles que receberam a dose menor, 0,5 gramas por comprimido, apresentavam os melhores resultados. A redução, que foi de 40% nos melhores casos, aponta para uma associação interessante entre medicina complementar e tradicional nesse problema de difícil solução. Vamos aguardar o congresso e a apresentação completa dos dados desse trabalho para maiores detalhes.

FONTE Méritos dessa Publicação - g1.globo.com/


Gengibre: aquece, é digestivo e combate enjoos

Gengibre: aquece, é digestivo e combate enjoos

Chineses, romanos e indianos o usavam, devido às suas propriedades medicinais e culinárias


O gengibre é uma erva poderosa, inclusive utilizada para o tratamento de intoxicações alimentares, como, por exemplo, para a ingestão de carne estragada (Sdata/via Wikimedia Commons)

O gengibre é uma planta asiática que é particularmente bem conhecida no Ocidente. Com o tempo e com tentativas e erros, suas propriedades estimulantes e sabor picante foram integrados tanto em nossa “matéria médica” herbal, como na gastronomia.
Preparada como um chá de ervas, a raiz do gengibre é particularmente útil para pessoas com estômago hipoativo e dificuldade de produzir quantidades adequadas de ácido hidroclórico necessárias para digerir os alimentos.
Isso, muitas vezes, é o caso para pessoas que não reservam algum tempo para sentar e relaxar o suficiente para digerir sua refeição. O resultado de uma refeição feita desta forma, especialmente se tem alto teor de carboidratos, pode ser indigestão e gases (devidos à má digestão ou à constipação intestinal) por horas depois.
Se você está sempre comendo e correndo ou tem uma criança que engole o alimento sem mastigar corretamente, então, o gengibre pode ser de grande utilidade, auxiliando na digestão e dissipando os gases acumulados.
Para preparar uma xícara de chá de gengibre, basta colocar meia colher de chá de raiz de gengibre em pó ou duas colheres de chá da raiz fresca em uma xícara de água fervente, deixar descansar por uns 3 minutos  e tomar. Isto pode ser feito até quatro vezes por dia.
O gengibre é originário das regiões tropicais da Ásia oriental. Suas propriedades são obviamente bem conhecidas pelas culturas asiáticas, que o destacam tanto na culinária como nas tradições médicas do Oriente. No sistema da medicina tradicional chinesa (MTC), o gengibre é classificado como uma erva “quente”. Este termo também está presente nos sistemas da medicina clássica ocidental e ayurvédica e, geralmente, significa que esta erva é utilizada para tratar padrões de doenças que provocam sintomas “frios”, incluindo mãos e/ou pés frios e pálidos, aversão ao frio ambiental e a bebidas frias, e necessidade de coberta extra para dormir.
É interessante notar que as doses necessárias para o tratamento eficaz de pessoas ocidentais com esta erva são muito menores do que as indicadas na MTC.
O gengibre também tem sido usado desde os tempos antigos como um tratamento seguro e eficaz para o mal-estar da manhã. Uma xícara de chá feita com a raiz fresca pode ser degustada conforme necessário para aliviar a náusea com sucesso. Fontes de referência na fitoterapia tradicional chinesa acautelam contra altas doses (3-9 gramas por dia) da raiz seca para esta finalidade. Então, a raiz fresca é melhor e considerada menos quente do que a desidratada.
Desde tempos bíblicos, o gengibre tem ajudado a promover o comércio de especiarias. Os antigos romanos usavam-no para fazer vinhos temperados para tratar enfermidades do estômago. Eles importavam grandes quantidades de suas fontes nas Índias Orientais. Eles tributavam-no pesadamente por causa da alta demanda e o negociavam por todo o Sudeste da Europa.
Quando o Império Romano caiu, o gengibre quase desapareceu da Europa. Isso até Marco Polo descobrir uma fonte barata na China, quando o gengibre ganhou renovada popularidade na Europa, embora entre a classe rica.
Os europeus medievais também prepararam vinhos e sidras temperados com gengibre e várias pimentas para aliviar essas condições provenientes de humores “frios”. O gengibre permaneceu popular em muitos países europeus, incluindo a Inglaterra, que encontrou uma fonte providente na Índia. Colonos ingleses mais tarde trouxeram o gengibre consigo para as Américas, onde ele continua a ser um favorito para temperar uma variedade de alimentos e bebidas.
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Luke Hughes é fitoterapeuta clássico ocidental e horticultor que vive em Sydney, Austrália

FONTE Méritos dessa Publicação -www.epochtimes.com.br

Pesquisa aponta que gengibre ajuda no tratamento de asma

Pesquisa aponta que gengibre ajuda no tratamento de asma
Crises de asma ainda correspondem a uma grande estatística dos casos de ida aos hospitais, principalmente por crianças. Em muitos casos de grave intensidade e conferindo risco à saúde os medicamentos usados para o seu tratamento também demandam cuidado à administração por apresentarem efeitos colaterais.
Apresentado no último Congresso da Sociedade de Cirurgia Torácica Americana, em Filadélfia, o trabalho feito pela Dra Elizabeth Townsend, da Universidade de Colúmbia, Estados Unidos, mostrou que componentes presentes no gengibre, mais especificamente o conhecido por 6-shogoal, agem promovendo o relaxamento dos músculos dos brônquios.
Os beneficios do gengibre para o tratamento da asma2
A pesquisadora observou que a associação do gengibre a medicamentos utilizados para a asma, os beta agonistas, permitiu melhores resultados, o que sugere uma perfeita e segura combinação para o tratamento. Interessante ressaltarmos que o consumo do gengibre, não tão comum em nossa cultura ocidental, pode ser diário, trazendo ainda os seus efeitos energizastes e estimulantes do sistema imunológico. Comum na culinária oriental o mesmo pode ser acrescentado a sucos ou mesmo às refeições, sendo o seu consumo cru a melhor forma de se obter os resultados.
American Thoracic Society 2013.
FONTE medico.alfredocoelho.com.br/

Gengibre e suas propriedades

Gengibre e suas propriedades

gengibre (Zingiber officinale) é uma planta nativa do Oriente, muito encontrada na região sudeste da Ásia – China, Japão, Tailândia -, Índia e África, sendo facilmente cultivada em países de clima tropical pelo fato do seu cultivo ocorrer em locais úmidos e quentes. 

No Brasil, o plantio de gengibre ocorre ao longo do território, mais frequente nas regiões Sul e Sudeste. O gengibre também é conhecido por outros nomes, como gengibre africano, gengibre negro, gengibre da Jamaica, entre outros. 

A planta tem flores de coloração verde-púrpura que lembram as flores de outras espécies de plantas, e o rizoma (caule subterrâneo) é a parte mais consumida na culinária e na tradicional medicina oriental, sob diversas apresentações: in natura, pó, óleo essencial, extrato, cápsulas, entre outras.

Na cultura indiana, essa planta é utilizada em terapias de gripes, problemas digestivos, artrite, estimulador de apetite, infecções urinárias e na prática Ayurvédica (como alimento que promove equilíbrio do homem e traz força); na África é a mais utilizada nos tratamentos de febre amarela e malária. 

Na medicina oriental, o gengibre é um dos produtos mais empregados, sendo comumente prescrito para tratamento de dores de cabeça, gripes e resfriados, doenças infecciosas em geral, doenças reumáticas (osteoartrite, artrite reumatóide e gota), regulador da pressão sanguínea, antiinflamatório, disfunção erétil e cólicas menstruais. Também pode ser usado o óleo do gengibre como afrodisíaco.

A aplicação terapêutica mais popular do gengibre é o tratamento para problemas gastrointestinais, para o controle de náuseas, vômitos e enjôos, além de auxiliar na digestão daqueles que consumiram excesso de alimentos gordurosos.

 O gengibre tem sido muito usado para o controle de náuseas e vômitos durante o primeiro trimestre de gravidez. Uma pesquisa realizada na Tailândia, em 2004, verificou que o gengibre e a vitamina B6 são efetivas na diminuição desses sintomas no início da gestação.

Em preparações culinárias, o gengibre é empregado como tempero para realçar o sabor e o aroma dos alimentos, como por exemplo, pães, bolos, biscoitos, e também sob forma de líquidos, tais como chás e demais bebidas.

O gengibre é um alimento o qual possui um baixo valor calórico, além de conter alguns minerais importantes (como magnésio e potássio) e vitaminas (folato e vitamina B6). O gingerol é uma das substâncias ativas presentes no gengibre com ações benéficas ao organismo: antioxidante, antifúngico, antiinflamatório, analgésico, antipirético, inibe a agregação das plaquetas evitando o aparecimento de trombos, ação cardiotônica, efeito protetor de células nervosas contra doenças degenerativas e atividade protetora contra câncer. 

O gingerol também é conhecido por sua ação termogênica, auxiliando na perda de peso para quem procura emagrecer.

É necessário ressaltar que se deve tomar cuidado com o consumo excessivo de gengibre, pois alguns estudos mostraram que a alta ingestão pode provocar efeitos adversos, como aborto em mulheres principalmente no início da gestação, aumento do fluxo sanguíneo nas mulheres em período menstrual, surgimento de quadros de úlceras, azias e gastrite, aumento de cálculos renais e prejuízos nos receptores do hormônio sexual masculino (testosterona) nas células do organismo do bebê durante a gestação, afetando a diferenciação sexual biológica da criança. Portanto procure um profissional nutricionista para uma orientação adequada para cada caso específico.
Fonte:  ANutricionista.Com - Marcella Lamounier - CRN1 3568 - Nutricionista em Brasília.